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O Fim do Mercado de Cobrança? Como a IA e as novas ferramentas (já) estão destruindo o relacionamento credor X devedor

  • Foto do escritor: Revolution Software
    Revolution Software
  • 25 de abr.
  • 3 min de leitura
O Fim do Mercado de Cobrança?

TODOS ESTÃO SURDOS!


O mercado de cobrança não está apenas mudando — ele está se desfazendo diante dos nossos olhos. Enquanto muitos comemoram a chegada da inteligência artificial, dos novos canais digitais e das plataformas automatizadas, o que vemos, na prática, é o colapso silencioso da relação entre credores e devedores.


A mesma tecnologia que deveria aproximar, humanizar e facilitar a recuperação de crédito está, em muitos casos, saturando, afastando e rompendo pontes.


Não se trata apenas de mudar o canal de comunicação.

Não se trata de acelerar o volume de tentativas.

O problema é muito mais profundo: é a destruição do vínculo de confiança que deveria existir entre quem cobra e quem deve.


E o mais preocupante: isso já está acontecendo.

E o pior: ninguém quer ouvir.


Durante anos, o telemarketing e a cobrança intensiva devastaram a reputação dos telefones convencionais — e agora fazem o mesmo com os celulares.

Não é à toa que os discadores migraram para o WhatsApp: simplesmente ninguém aguenta mais ser incomodado.


A culpa não é do telefone.

A culpa não é do cliente.


A raiz do problema está nos softwares ultrapassados de cobrança!


Sistemas que:


  • Sobem mailings dezenas de vezes por dia.

  • Jogam carteiras no discador em modos horizontal, vertical, cambalhota.

  • Insistem em quantidade de ligações sem estratégia, sem inteligência, sem respeito.


Não existe jornada.

Não existe encadeamento.

Não existe sequência.


Cada contato é feito como se fosse a primeira vez, sem levar em conta o histórico, o momento, a dor ou a realidade do cliente.


O resultado?


  • Clientes bloqueando números em massa.

  • Canais sendo saturados e rejeitados.

  • Uma completa erosão na credibilidade dos agentes de cobrança.


Se com um número limitado de operadores humanos as ligações já são insuportáveis, imagine agora sem o limite de PAs humanas, com máquinas discando e falando o dia inteiro, para todos os números, sem descanso, sem filtro, sem consciência.


O colapso do canal de voz é inevitável se nada for feito.

A pressão pública vai crescer, e a ANATEL — Deus queira — terá que intervir para limitar o abuso, proteger o consumidor e salvar o que ainda resta da comunicação por telefone.


Recentemente, conversando com o gestor de um grande call center que atua para bancos e montadoras, ouvi o seguinte desabafo:


"Determinada instituição permite apenas 5 tentativas por dia. Antes das 10h da manhã, meu time já não tem mais para quem ligar."

Só consigo pensar em Roberto Carlos:

"Todos estão surdos."


"Desde o começo do mundo Que o homem sonha com a paz Ela está dentro dele mesmo Ele tem a paz e não sabe É só fechar os olhos e olhar pra dentro de si mesmo."

O que falta hoje no mercado de cobrança é exatamente isso:

Paz.

A paz está dentro do call center!

E a Paz está no CRM.

"É só fechar os olhos e olhar pra dentro [dele] mesmo"


Paz para os colaboradores, que vivem sob a pressão irracional de metas insanas.

Paz para os gestores, que precisam enxergar além do volume e das tentativas cegas.

Paz para o credor, que precisa entender que recuperar crédito não é destruir reputações — é reconstruir relações.

Paz para o devedor, que precisa de um caminho real para se reerguer com dignidade.


Em hebraico, o verbo não tem apenas tempo, modo e voz — ele também tem grau de intensidade.


"Gerar" é fraco.

"Educar" é forte.

Afinal, mais que gerar um filho, é educá-lo.


Ter paz é fraco.

Pagar as dívidas é forte.

Afinal, mais que ter paz, é andar de cabeça erguida.


Porque mais do que buscar paz, é preciso fazer a paz acontecer.

E em qualquer sociedade ou lugar do mundo, pagar suas dívidas é um dos atos mais poderosos de pacificação que existem.


Pagar uma dívida é restaurar a ordem.

É restaurar a confiança.

É restaurar a dignidade.


O futuro da cobrança não é pressionar. É reconciliar.

O futuro da cobrança não é insistir. É construir.

O futuro da cobrança é gerar paz real — para todos os lados.


Chegou a hora de pararmos de construir discadores com IA, e começarmos a construir pontes. Se quisermos finalmente salvar o mercado, precisaremos primeiro salvar o relacionamento.


Um abraço!


Alexandre Teles

CEO - REVO


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